Surto de Covid-19 em visons preocupa cientistas
As autoridades da Holanda ordenaram o abate de cerca de 10.000 animais por medo de que pudessem abrigar o Coronavírus e transmitir a doença a humanos.
Na última semana, o Dr. Hélio Autran de Morais apresentou em suas postagens a preocupação perante a eficiência de disseminação da Covid-19 entre visons (espécies de mamíferos mustelídeos do gênero Mustela).
Tal preocupação é atribuída ao potencial fator de transmissão às pessoas e por tornar essa espécie um possível reservatório para a doença. Por conta da alta disseminação, foi necessário realização do abate dos animais afetados em 13 fazendas de visons com Covid-19, na Holanda.
É contemplado nesse mesmo post relatos de casos naturais de SARS-Cov-2 diagnosticados por identificação de anticorpos neutralizantes ou RNA viral por RT-PCR em cães e gatos.
O gato que manifestou resultado positivo no PCR para SARS-Cov-2 apresentou sinais clínicos, como espirros, tosse, corrimento nasal e ocular seroso, perda de apetite e letargia. Esse mesmo animal convive com outro gato, aparentemente saudável (não testado para SARS-Cov-2), e com outras 5 pessoas na casa, 3 dessas apresentaram sinais de tosse, febre e calafrios, mas nenhuma foi testada para o Covid-19. O mais interessante é que no mesmo prédio onde mora a família com os dois felinos, houve vários casos positivos para o vírus.
No dia 2 de junho, foram identificados anticorpos para o SARS-Cov-2 em dois cães na mesma família, e um dos tutores apresentou teste positivo para o Covid-19. Alega-se que apenas um dos cães demonstrou sinais respiratórios. Como cita Autran, há suspeita de que o cão foi infectado pelo seu tutor, e que se espera melhora completa de ambos.
Gostou? Leia o texto "Covid-19 e os animais de companhia - atualização de 9 de junho de 2020", na íntegra, escrito por Hélio Autran de Moraes, publicado na Revista Clínica Veterinária.