Animal não é coisa!
Em tempos de polarização, cada vez mais as pessoas deixam as impressões externas guiar-lhes e assumem posicionamentos sem a mínima de reflexão necessária
Há algum tempo, os cinófilos vêm sendo alvo de pseudodefensores dos direitos dos animais e sendo taxados como "aproveitadores". Desmerecem e generalizam todos no exercício dessa profissão-hobby, que exige além de muita dedicação diária, uma vida muitas vezes sem benefícios de férias e outras benesses.
Obviamente, como em todos os ramos, existem profissionais e charlatães. O próprio mercado e suas dificuldades se incumbe de selecionar quem realiza o trabalho por amor, pois quem busca apenas lucros, percebe cedo ou tarde, que essa não é a carreira mais fácil de obtê-los.
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Para ganhar exposição, projeção e verbas para suas campanhas de "proteção, surgem pseudocelebridades, políticos de baixa projeção e novas ONGs, com sua guerra de narrativa ofensiva e campanhas de difamação que colocam os criadores-cinófilos expostos juntamente aos cruzadores-cachorreiros sem oportunidade para o contraditório.
Não acredito que a castração de um animal particular deva ser oferecida gratuitamente pelo Estado, mas que ela deva ser de responsabilidade daquele que se beneficia pela companhia do animal. Também não acredito que a responsabilidade dos cães que nascem em situação de abandono seja responsabilidade de quem cria cães de raça, ou de quem os tutela, mas sim do Estado.
Qualquer narrativa no sentido de discriminar o trabalho de um cinófilo deveria ser interpretada pelas entidades envolvidas, não só como maldosas, mas como criminosas, pois incita discriminação e prejuízos morais, financeiros e sociais, pois foi somente graças ao trabalho dedicado destes que ainda podemos ter o benefício de cães salva-vidas, terapeutas, cães-guia auditivos e visuais, atores, vigilantes, farejadores, caçadores, pastores, puxadores-de-trenó... ou simplesmente de companheiros perfeitos!
Animal não é coisa, aliás humanos também são animais, tanto quanto um cão ou um rato. Ah, e criadores não vendem amigos, nem vendem animais, vendem um serviço, ou seja, vendem o trabalho no qual se especializaram e que para realizá-lo com qualidade e respeito à vida que seus críticos fingem defender, precisam como em qualquer outro ofício, receber uma remuneração.