O diabo-da-tasmânia pode ser salvo da extinção
Pequena proteína descoberta por brasileiro interfere no ciclo das células cancerosas
Desde 1996, o diabo-da-tasmânia (Sarcophilus harrisii), maior marsupial carnívoro do mundo vem sendo dizimado por uma forma contagiosa de câncer conhecido como doença do tumor facial do diabo-da-tasmânia (TFDT), onde cerca de 80% dos animais foram mortos.
A doença tem evolução rápida , levando à morte por inanição visto que as lesões são na face impedindo os animais de comer.
Foi pesquisando o sistema imune de aracnídeos que o biólogo brasileiro Pedro Ismael da Silva Junior, pesquisador do Laboratório Especial de Toxicologia Aplicada do Instituto Butantan encontrou na aranha caranguejeira Acanthoscurria gomesiana uma molécula com atividade antibiótica que ganhou o nome de gomesina. O estudo foi financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
Pesquisadores australianos estão testando uma molécula sintética a partir da A. gomesiana e outro peptídeo semelhante encontrado em uma aranha da espécie Hadronyche infensa, encontrada no país.
Sabendo-se das diversas atividades da proteína contra bactérias, vírus e fungos, torna-se possível o desenvolvimento de novos fármacos antibióticos.
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BBC Brasil - Como uma molécula descoberta no Brasil pode salvar o diabo-da-tasmânia de extinção